quarta-feira, agosto 16, 2006

Imaginação e Ciência: como as crianças aprendem?


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As crianças apresentam uma forma especial de compreender a si mesmo e tudo à sua volta.
Ainda nos primeiros anos de vida percebem o mundo a partir do imginário, não possuem "pré-conceitos" e não aceitam tudo "pronto". Desejam explorar, e os conhecimentos adquiridos ficam para toda a vida.
São capazes de criar suas próprias hipóteses, porém precisam de estímulo para elaborar novas sínteses.


A FUNÇÃO DA ESCOLA E A POSTURA DO EDUCADOR

Muitas vezes o educador apresenta uma postura autoritária e intransigente diante dos questionamentos dos alunos, especialmente quando os fazem sem nenhuma relação aparente com o assunto de sua aula. Não percebe as relações que a criança faz, e os significados que aquelas informações representam para ela.
Todos possuímos uma bagagem cultural, até mesmo filhos que foram criados nas mesmas condições apresentam comportamentos e rítmos de aprendizagem diferentes, alguns valores são iguais, porém possuem suas especificidades, fazem relações de maneira singular e elaboram hipóteses de modo que possam compreender determinados acontecimentos.
Essa bagagem cultural e a capacidade criativa da criança muitas vezes é considerada irrelevante e os principais atores do processo educacional acabam tornando-se sujeitos passivos deste. Passam a assimilar conhecimentos e comportamentos que não possuem significados.
O espaço escolar tem o poder de expandir o universo da criança e explorar sua capacidade criativa, mas muitas vezes não o faz, pois prioriza a decodificação de signos escritos em detrimento da leitura de mundo que a criança possui e pode desenvolver, acreditando que é a partir dessa decodificação que ela fará sua primeira leitura, quando na verdade ela já escreveu o primeiro capítulo de seu livro, cheio de imagens, sons , gestos e cores, que não pode ser descartado.
Nesse sentido, a escola se constitui em espaço determinante na formação de futuros cidadãos, pois “tanto pode dar à luz o conhecimento e o prazer de aprender como, ao contrário, pode cristalizar a ignorância, obscurecer”. (SOLIGO; 2004; 3)