terça-feira, outubro 20, 2009

" A vida é muita para ser insignificante"

Desde 2008 venho sentindo dores intensas no corpo todo, acreditava que poderia estar associada a problemas de escoliose e lordose que já se manifestam a mais de 10 anos e pelo próprio exercício da profissão. No entanto, percebia que os locais e a "forma" da dor eram diferentes, começou a doer tudo (costas, cabeça, pernas, pés...) e retornei à consulta com o ortopedista. Foi então que ele disse que eu estaria "fazendo um quadro de fibromialgia" que até então eu não fazia a mínima idéia do que seria.
Retomei a hidroterapia e passei a tormar remédios com mais frequência, o que passou a me incomodar ainda mais, pois as dores persistiam. Como não tinha tempo de procurar outro sespecialistas fui arrastando o problema, e as noites mal-dormidas passaram a ser uma constante, assim como a indisposição para trabalhar ou mesmo me divertir. A vontade de ficar deitada e apenas dormir era quem me acompanhava.
Pouca paciência para os filhos, a difícil tarefa de manter o auto-controle no trabalho e a tentativa de se manter a mesma Andréa que conseguia assumir suas tarefas sem problemas.
A primeira grande dificuldade foi aceitar a doença depois de começar a conhecê-la, não queria mais tomar remédios, somente ter disposição para levar minha vida a todo vapor.
Tive sorte pois pude contar com excelentes profissionais, a começar pelos médicos que me acompanham (Dr. Paulo, Dr.Stanley e Dr.Gilson) que têm sido ótimos conselheiros e amigos. Conheci também uma fisioterapeuta que foi muito atenciosa, mas ainda não gravei seu nome.
Estou escrevendo este texto em meio à lágrimas, mas faço questão de editá-lo, pois quero escrever outro daqui a alguns meses para dizer que consegui ser mais forte que a doença, recuperar minha qualidade de vida e continuar a abraçar a vida com toda a paixão!

O que é fibromialgia?
"O termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono . No passado, pessoas que apresentavam dor generalizada e uma série de queixas mal definidas não eram levadas muito a sério. Por vezes problemas emocionais eram considerados como fator determinante desse quadro ou então um diagnóstico nebuloso de “fibrosite” era estabelecido. Isso porque acreditava-se que houvesse o envolvimento de um processo inflamatório muscular, daí a terminação “ite”.

Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada à da sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato de a fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de seqüela. No entanto a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional, motivos que plenamente justificam que o paciente seja levado a sério em suas queixas. Como não existem exames complementares que por si só confirmem o diagnóstico, a experiência clínica do profissional que avalia o paciente com fibromialgia é fundamental para o sucesso do tratamento.

A partir da década de 80 pesquisadores do mundo inteiro têm se interessado pela fibromialgia. Vários estudos foram publicados, inclusive critérios que auxiliam no diagnóstico dessa síndrome, diferenciando-a de outras condições que acarretem dor muscular ou óssea. Esses critérios valorizam a questão da dor generalizada por um período maior que três meses e a presença de pontos dolorosos padronizados.

Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais. Assim sendo, uma infecção, um episódio de gripe ou um acidente de carro, podem estimular o aparecimento dessa síndrome. Por outro lado, os sintomas de fibromialgia podem provocar alterações no humor e diminuição da atividade física, o que agrava a condição de dor.

Pesquisas têm também procurado o papel de certos hormônios ou produtos químicos orgânicos que possam influenciar na manifestação da dor, no sono e no humor. Muito se tem estudado sobre o envolvimento na fibromialgia de hormônios e de substâncias que participam da transmissão da dor. Essas pesquisas podem resultar em um melhor entendimento dessa síndrome e portanto proporcionar um tratamento mais efetivo e até mesmo a sua prevenção".Leia mais...